28 de jul. de 2014

MEU PRIMEIRO DIA COMO PROFESSOR



1.º de abril de 1997. Parece ironia, numa data dessas começar minha carreira profissional de docente, aos 19 anos incompletos, Salustiano Medeiros, Língua Inglesa, 5.ª à 8.ª série (atualmente 6.º ao 9.º ano), turno noturno. Alunos com idade parecida e alguns até mais velhos. Indicação do professor Simão Luiz, que me oferecera uma bolsa para o cursinho CLA e me apoiava mais uma vez, agora me incentivando a iniciar prática profissional.

Nervosismo comum a qualquer iniciante, tremi sem deixar perceberem. Recursos atualmente existentes não havia naquele tempo, mas havia a boa vontade dos que me receberam: Genilda Souza Souza e Nilma Xavier, gestoras da época, as quais acreditaram num menino franzino e cheio de incertezas. Sei que comecei, como pude; se estava ali, não poderia mais voltar atrás com qualquer que fosse a desculpa. Uma vez na primeira sala, tudo aquilo seria crucial para a solidificação que tem ocorrido em minha profissão. Naquele mesmo ano eu ainda teria experiência no CCCN, onde estivera como aluno de 1989 a 1995. Mas essa é outra história à qual dedicarei momento especial.

Não dá para lembrar os conteúdos trabalhados, mas sei que procurei me acalmar revisando alguns conteúdos que eu - sem experiência e quase nenhuma formação na matéria - presumia serem importantes. E - em cada turma o mesmo ritual - ao final da primeira noite eu sentia um alívio, posto que no encontro seguinte, teoricamente, todos já teriam tido algum contato comigo. Não tive dúvidas de que aquilo me interessava e, mais do que isso, me fascinava, como fascina tudo aquilo que nos é peculiar. Dali, outras experiências docentes - paralelamente à minha convocação para a prefeitura como agente administrativo - aconteceriam.

Uma honra, dentre tantas daquele ano experimental, foi a presença de D.Francisca Assis Batista Nicolau como supervisora da instituição e, consequentemente, minha colega, além de professor Chiquinho (Geografia), Maria José (Artes), Magnólia Maggy (Ensino Religioso), todos já tendo sido meus mestres no antigo CCCN; além deles, o sempre "up" Jota Lúcio (inglês, no turno vespertino). Lembro-me muito bem das presenças constantes, nos encontros pedagógicos, de pessoas que eu viria a conhecer melhor depois, como professora Aura e Francinete Medeiros de Lima, atualmente minha supervisora na EETB - Escola Estadual Tristão de Barros. As secretárias Nininha e Rozilda também me apoiaram bastante àquele ano, a exemplo de um cara muito legal comigo na época, Paulo Câmara. É possível que não me lembre de um ou outro nome.

Sem esse impulso inicial, eu talvez jamais seguisse na profissão, que posteriormente viria a ser rebuscada, com a realização de concursos para o Estado, os quais compreendem minhas duas cargas horárias como professor de língua inglesa, bem como na condição de professor em cursinhos preparatórios. Dezessete anos já se foram. Hoje, fico refletindo sobre a quantidade de coisas que tive a oportunidade de aprender nesse período. Aprendemos todos os dias e, quanto mais julgamos saber de alguma coisa, tendemos a aprender mais, nesta época de processos tão rápidos e às vezes sem maturação. Aprendemos a lidar com gente, aprendemos a lidar com nós mesmos. Aprendemos que, sem certas pessoas, não chegaríamos - nem chegaremos - a pontos desejados. É transcendental poder olhar pra trás, depois de tanto tempo, e mesmo assim ter a sensação de estarmos sempre começando.

Vida que segue. Eu sou um cara feliz. 

27 de jul. de 2014

HTTP

Hypertext Transfer Protocol (HTTP), em português Protocolo de Transferência de Hipertexto, é um protocolo de comunicação(na camada de aplicação segundo o Modelo OSI) utilizado para sistemas de informação de hipermídia, distribuídos e colaborativos.1 Ele é a base para a comunicação de dados daWorld Wide Web.
Hipertexto é o texto estruturado que utiliza ligações lógicas (hiperlinks) entre nós contendo texto. O HTTP é o protocolo para a troca ou transferência de hipertexto.


Fonte: wikipedia.org

O que significa "URL"?

Um URL (de Uniform Resource Locator), em português Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (como um arquivo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet, ou mesmo uma rede corporativa como uma intranet.
Um URL tem a seguinte estrutura:
protocolo://máquina/caminho/recurso
Adaptado de wikipedia.org

ALGUNS PARES CONFUNDÍVEIS EM LÍNGUA INGLESA, NA ESCRITA E NA PRONÚNCIA


MUST x MOST
BED X BAD
WASH X WATCH
HERE X HEAR
ADDITION X ADDICTION
RULE X ROLE
HOUR X OUR
SNACK X SNAKE
FEAR X FAIR

Estes e muitos outros pares de palavras podem confundir o falante ou ouvinte; escritor ou receptor. Como na língua-materna, é preciso ter cuidado com essas "peças". 


25 de jul. de 2014

REDAÇÃO: A PRÁTICA LEVA À PERFEIÇÃO


Um músico precisa tocar muito para evoluir,
Um jogador precisa treinar muito para executar as jogadas,
Um atleta precisa ser disciplinado na academia para obter resultados,
Um ator precisa ensaiar várias vezes,
Um motorista só aprende a dirigir com muitas repições.

Por que seria diferente com a redação?
O exercício leva à perfeição!

ORTOGRAFIA VI

A Língua Portuguesa e suas "peças" pregadas: OBSESSÃO e OBCECADO quase sempre são relacionadas quanto ao sentido, mas não é necessariamente assim. As escritas são diferentes.

ORTOGRAFIA V


EXCESSO e EXCEÇÃO tem escritas diferentes. 

Muita gente ainda não atentou para tal, mesmo com a correção automática imperando em todos os níveis de rede social.

ORTOGRAFIA IV

ACESSO, ACESSÓRIO, ASSESSOR. Cuidado! há sempre uma letra estranha para confundir o povo.

ORTOGRAFIA III

EXTENSÃO e ESTENDER não se misturam quanto à escrita

ORTOGRAFIA II

EXPECTADOR e ESPECTADOR, assim como SEÇÃO,SESSÃO e CESSÃO, mudam as escritas dependendo do contexto. As pronúncias, em cada conjunto, não!

ORTOGRAFIA I

INTENÇÃO, ENTENDER, INVESTIR, INTITULAR, EMPECILHO, INCOMODADO. A pronúncia - muitas vezes - conduz ao engano de padronizarmos essas palavras, na hora de escrever. Ou queremos que todas sejam com -IN ou que sejam todas com -EN. Nenhuma coisa nem outra.

23 de jul. de 2014

DESCANSE EM PAZ, ARIANO SUASSUNA!


Este, sim, foi um nordestino de vergonha. Um orgulho para nossa região, ainda que fosse polêmico em algumas questões, coisa comum a quem não tem preguiça de pensar e de rever conceitos ao longo da vida. 

Este blog, desde o seu início em 2008, tem uma minibiografia dele, acompanhada de foto que reproduzo abaixo, demonstrando o quanto eu o admirava. Porque a partir de agora, muitos que não o conheciam prestarão homenagens póstumas nas redes sociais. Mas, neste espaço, sua figura não mudará em nada, pois ela continuará permanentemente aqui.

Descanse em paz, Ariano! Para mim, você está no mesmo patamar de outros ilustres de nossa terra, como Luiz Gonzaga, por exemplo.

Ariano Suassuna, um dos Imortais


PROFESSOR: UM OFÍCIO ÁRDUO, UMA VOCAÇÃO

Interessantes são as situações a que nos submetemos diariamente. Ser professor, além da carga que já constitui, sabida de todos, ainda tem o agravante de gerar desconforto nas pessoas, levando-as a nos incentivar que - assim que pudermos - devemos mudar de profissão. À maioria das vezes, tal conselho é bem intencionado.Já ouvi diversas vezes frases do tipo "Você merece coisa melhor", "Saia dessa vida".  Existem, no entanto, questões que precisam ser esclarecidas.

Quem é professor por convicção (grupo no qual me enquadro) tem a ciência das dificuldades que os governos - e, infelizmente, a sociedade - nos impõem. De sã consciência, aqueles que escolheram tal ofício o fizeram por se identificar com aquela atividade, por ter o espírito colaborativo que esses profissionais carregam desde cedo. É uma questão de vocação, a qual se vai descobrindo ao longo do tempo. Reconhecimento profissional, quando existe, vem do aluno crítico, o qual faz questão de exaltar o trabalho. Mas isso é muito valioso e motivador.

Entendo que quando as pessoas nos aconselham a mudar a área de atuação, estão considerando o lado financeiro como prioridade. E, de fato, financeiramente os professores estão distantes de serem bem remunerados. Outros problemas tão ou mais graves do que o aspecto salarial, como estrutura física das escolas, falta de professores, desinteresse da sociedade, também são pontos que desanimam muita gente. E não queremos esconder tais situações, porém nem mesmo isso tira o prazer de realizarmos o que escolhemos.

É, logo, um árduo ofício, mas nem por isso costumamos desistir. Isso não impede que busquemos o que nos é garantido pela Constituição, como tem ocorrido constantemente. Por outro lado, não podemos fugir de nossas obrigações: devemos ser exemplos, independentemente de qualquer coisa, posto que o fato de se tratar de uma profissão pouco reconhecida economicamente não justifica o descaso com os alunos, a falta de compromisso e o despreparo. Ser professor é desempenhar um ofício árduo: uma vocação.

21 de jul. de 2014

O DEBATE DO FUTEBOL PODERIA SER LEVADO A OUTRAS ÁREAS


Cassildo Souza

Em um ano de Copa no Brasil, seria impossível imaginar que - independentemente do resultado - as pessoas não estivessem ainda discutindo questões relativas ao evento em si ou aos resultados da seleção com mais títulos na história do Torneio. Fico impressionado como nós, brasileiros, nos quais me incluo deliberadamente, temos disposição, interesse e capacidade de discutir sobre tais assuntos. Bom seria que tivéssemos essa mesma aptidão para discutirmos as áreas que interessam ao desenvolvimento da nação: saúde, transporte público, infraestrutura urbana, habitação, segurança e, especialmente, a educação.

Poderíamos aproveitar que nossas ideias estão aguçadas e travar um debate sobre segmentos que são fundamentais a nosso crescimento. Quando alguém posta algo sobre a educação numa rede social, logo surgem alguns comentários de uns "gatos pingados" sobre aquilo, mas a discussão se encerra rapidamente, como uma indicação de que temos coisas mais importantes a fazer. Quando publicam algo sobre quem será o novo técnico da seleção brasileira, os comentários e discussões parecem intermináveis. Repito, estou de certa forma incluído nisso. Adoro futebol. Mas tal fenômeno reflete um pouco da importância que damos ao crescimento geral da nação.

Precisamos conservar, sim, a cultura esportiva (em nosso caso, cultura futebolística, ainda que nem todos gostem). Foi bom termos realizado um evento que superasse as expectativas. Mas não podemos nos esquecer daquilo que realmente interfere para diminuir os índices de evasão escolar, do que ajuda a melhorar a infraestrutura urbana, a saúde, a habitação, a segurança pública. Devemos levar a outras áreas a nossa capacidade discursiva empregada para debater o futuro da seleção. Precisamos debater mais do que isso: o futuro do país. Precisamos debater com tanta consciência, a ponto de não cometermos equívocos na hora de convocar - em outubro - as peças que decidirão nossos anseios, sob pena de levarmos - fora de campo - uma goleada no estilo 7x1, como já tem ocorrido historicamente.  

18 de jul. de 2014


MANDELA'S TRIBUTE - APARTHEID


MANDELA'S TRIBUTE FOR HIS BIRTHDAY



"No one in my family had ever attended school [...] On the first day of school my teacher, Miss Mdingane, gave each of us an English name. This was the custom among Africans in those days and was undoubtedly due to the British bias of our education. That day, Miss Mdingane told me that my new name was Nelson. Why this particular name I have no idea."

— Mandela, 1994



17 de jul. de 2014

15 de jul. de 2014

PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 03/2014 - CENTRAL DE CURSOS - CURRAIS NOVOS(RN)


O FOCO DA PROPOSTA - ÓTIMO CONTEÚDO

DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA EM PROSA

  • —Tema de interesse geral;
  • —Introdução (Tese), Desenvolvimento e Conclusão;
  • —Impessoalidade (não uso da 1ª pessoa do singular);
  • —Imparcialidade na defesa de um ponto;
  • —Argumentos em favor de um posicionamento;
  • —Jamais deverá ser construída em versos. 
  • —Conclusão deve apresentar sugestões para resolver a problemática debatida;
  • —Não se assina sob hipótese alguma.

ERROS COMUNS NAS DISSERTAÇÕES ARGUMENTATIVAS

  • —DESVIO DA NORMA CULTA (ORTOGRAFIA, CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA, PONTUAÇÃO);
  • —FALTA DE COESÃO/ATRAÇÃO ENTRE TERMOS;
  • —FALTA DE COERÊNCIA (SENTIDO/UNIDADE);
  • —FALTA DE ORGANIZAÇÃO DOS PARÁGRAFOS;
  • —FALTA DE ESTRUTURA (INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO);
  • ASSINATURA DO COM O NOME ORIGINAL;
  • —FUGA AO TEMA SUGERIDO;
  • —GÊNERO TEXTUAL DIFERENTE DO SUGERIDO.

14 de jul. de 2014

PREPARAÇÃO EXIGE COMPROMISSO



A Copa acabou. 

Para quem ainda não começou a estudar de verdade com vistas à preparação do ENEM / 2014, o exemplo alemão fala bem alto. Sem preparação, planejamento e foco não se atingem objetivos.

Temos duas opções a seguir, se considerarmos a copa do mundo como modelo: faremos a prova como o Brasil entrou em campo, sem organização, perdido, sem saber onde estava; ou nos basearemos no compromisso, seriedade e qualidade alemã, sempre consciente de onde se pisa, mesmo nos momentos mais complexos.

Eu, estando nesta fase, seguiria a segunda alternativa.

13 de jul. de 2014

ADEUS, "COPA DAS COPAS"!


Os brasileiros, em situação normal, costumam lembrar de Copas do Mundo em que a nossa seleção tenha sido campeã ou - casos raros, como em 1978 e 1982 - tenha ficado na memória pelos resultados e performance, ainda que não conquistasse o título. O sentimento depois do campeonato de 2014, pelo menos para mim, é diferente. A "Copa das Copas", termo usado dubiamente, dependendo da intenção, já deixa saudade. Foi um sucesso dentro e fora do campo. Foi inesquecível e superou expectativas.

Pessoas, antes do início do evento, contestaram-no alegando que os recursos aplicados deixariam de ser investidos em áreas sociais importantes para o desenvolvimento do país, como educação de qualidade, transporte, infraestrutura urbana, segurança pública, habitação. É racional ouvir e concordar com tais posicionamentos. Mas acredito ser uma discussão mais ampla e para outra oportunidade. A Copa, como evento esportivo em si, pelos jogos emocionantes, de qualidade e equilibrados, foi insuperável; a realização do evento, a condução de tudo que o rodeia também superou as expectativas. Como brasileiro, estou menos envergonhado do que pensei que estaria, semanas antes do início.

Não raro ouvimos relatos de jogadores estrangeiros elogiando a receptividade de nosso povo, a estrutura dos estádios e a segurança geral. Sabemos que nada pode ser perfeito, ainda mais aqui. Mas a sensação de que o país realizou bem um grande evento é alentador, embora não possa servir para esconder inúmeros e crônicos problemas que enfrentamos e que travam nosso desenvolvimento. Mostrou-se que é possível fazer as coisas sem passar vexame (basta o placar de 7 x 1 que tomamos dos alemães) e isso mostra um caminho para os Jogos Olímpicos de 2016, que estão a nossa porta.

Sentirei falta dos jogos às 13h, 16h e 19h. Da expectativa com alguns amigos para ver um evento dessa magnitude em nosso país, com estádios cheios e público diferente. Sentirei falta das "trolladas" nas redes sociais, das discussões sobre os fatos dos jogos, sobre a qualidade da Seleção Brasileira e tudo mais. Não presenciei nenhum jogo, mas ter visto pela TV cerca de 50 partidas, na maioria interessantes, é algo de que não me esquecerei jamais. 

Nessas horas, não estou preocupado com racionalidade. Estou, sim, sentindo-me orgulhoso pelo que vi nesses últimos 32 dias. Isso não me impedirá de continuar um ser crítico acerca da nação brasileira.

Adeus, "Copa das Copas". Podemos, sim, fazer algo com qualidade.

5 de jul. de 2014

AS IMAGENS DA "COPA DAS COPAS"


COMENTARISTAS DE RESULTADOS? EMPREGO MUITO BOM


Vejo uns comentaristas "engomadinhos" que aparecem na TV, que nunca saíram de suas salas com ar condicionado, nem do rigor de seus ternos, nunca chutaram sequer uma bola (nem numa pelada), falando sobre futebol como se estivessem formulando teses sobre leis de mercado, sobre moda ou coisa parecida. Os termos que usam passam longe da linguagem do boleiro "mecânica de jogo", "configuração tática", "compactação", dentre outros. Tratam o futebol como se fosse algo abstrato dentro do campo, sem considerar a qualidade dos adversários, prendendo-se tão-somente a questões estatísticas e teorização. Não me agrada a maioria dos cronistas brasileiros, que querem dar explicações a tudo, sabendo-se que no futebol nem tudo se explica. E o pior, agindo com tal conduta, tornam-se comentaristas de resultados, visto que o tempo todo demonstram a preocupação em nunca errarem o que pregam, mudando o curso da interpretação após cada jogo. Isso não é só na copa do mundo. No próprio campeonato brasileiro, os jornalistas mudam os palpites sobre os favoritos a cada cinco rodadas. Assim, até eu posso comentar as competições, já que é muito mais fácil analisar o que ocorreu do que projetar os eventos.