28 de jun. de 2013

QUESTÕES DO ENEM COMENTADAS


Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.


Resposta: "E". A figura de linguagem metáfora caracteriza-se por uma analogia feita entre elementos semelhantes, associando-se o sentido conotativo ao original, por meio da comparação. Neste caso específico, tal comparação surge entre o movimento de pedalar a bicicleta ergométrica (estática), com o fato de pai não ter perspectivas de futuro, ou seja, ficar sempre no mesmo lugar.



77. (ENEM 2004) A conversa entre Mafalda e seus amigos
a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir.
b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade
de entendimento e respeito entre as pessoas.
c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes.
d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de idéias.
e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências.


RESPOSTA: "A". Questão de interpretação de texto. No início da discussão, parecia haver convergência, já que as personagens começaram a construir a mesma frase, afirmando que a humanidade estava indo "para a frente, é cla...". No entanto, essa "frente", nos quadrinhos seguintes, mostrou-se ser subjetiva a cada um deles, o que provocou a discussão. Isso é contrário à valorização da diversidade social e cultural e não mostra o entendimento e respeito entre as pessoas (B), não indica predominância do ponto de vista masculino sobre o feminino (E), nem tampouco expressa a "possibilidade de entendimento entre posições divergentes" (C) ou "debate político de ideias" (D).

51. (ENEM / 2010)
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores chamadas ecossistemas, que podem ser uma floresta, um deserto ou até um lago. Um ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.
DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Predomina no texto a função da linguagem
a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.
b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.

RESPOSTA: "E". Funções da linguagem constitui um conteúdo muito apreciado pelo ENEM. As 6 funções estão ligadas aos 6 elementos da comunicação. Assim: FUNÇÃO DENOTATIVA centra-se em FATOS / INFORMAÇÕES; FUNÇÃO EMOTIVA centra-se no EMISSOR; FUNÇÃO POÉTICA centra-se na mensagem; FUNÇÃO CONATIVA/APELATIVA centra-se no RECEPTOR; FUNÇÃO FÁTICA centra-se no CANAL; e FUNÇÃO METALINGUÍSTICA centra-se no CÓDIGO. Neste caso específico, temos um texto informativo que está, portanto, CENTRADO em informações ou noções conceituais. FUNÇÃO DENOTATIVA ou REFERENCIAL.

22 de jun. de 2013

Protestos pelo país: prós e contras


Sou um sujeito muito desconfiado da maioria dos movimentos sociais. Costumo ficar com um pé atrás, quando deparo com situações de reivindicações, especialmente quando estas estão agregadas a alguma facção política ou entidades que se dizem representativas, mas mantêm ligação com partidos políticos, o que por si só deslegitima a causa. No entanto, apesar de muito indefinidas e com restrições, as manifestações ocorridas na última semana não podem passar despercebidas por ninguém, sendo destaque nos principais jornais estrangeiros. A angústia do povo brasileiro ultrapassou os limites.

Iniciada com a justificativa de se combater o aumento excessivo de passagens de transportes coletivos, em São Paulo, pelo “Movimento Passe Livre”, a manifestação coincidiu com o período da Copa das Confederações, evento-teste antes da Copa de 2014, que tem indignado os brasileiros, pelos gastos excessivos nos estádios. A partir daí, a FIFA e as autoridades políticas também passaram a ser hostilizadas (cite-se a vaia à Presidente da República Dilma, e Joseph Blatter, Presidente da entidade máxima do futebol, na abertura do torneio), visto que áreas como saúde, educação e segurança têm sido historicamente ignoradas pelos nossos políticos. Com um efeito dominó, as pessoas – em várias capitais – começaram a ir para as ruas exercer o direito que a Constituição garante, mesmo que não aparentassem conhecer, em alguns casos, as razões de estarem protestando.

Infelizmente, no Brasil, as coisas parecem ser mais complexas do que em outros lugares. E problemas começaram a existir, de parte a parte: por um lado, a truculência da polícia (representando o Estado) contra cidadãos que apenas exigem o que seus impostos deveriam assegurar, e contra parte da imprensa que cobria os fatos; por outro, vândalos infiltrados nas passeatas destruindo patrimônio público e privado, distorcendo totalmente a idéia original das mobilizações, que é cobrar das autoridades aquilo que elas devem promover, não realizar badernas. É claro que a proporção de pessoas com intenções duvidosas dentro das marchas percebe-se insignificante (em termos quantitativos), mas isso acaba manchando as causas, quaisquer que sejam, dessas campanhas. A TV Globo, por exemplo, apoiou-se nesses acontecimentos isolados para, no início, desqualificar o movimento. Teve que mudar de atitude depois que percebeu a sua proporção.

O ponto positivo, até agora, é que não se permite a entrada de partidos políticos, pelos menos que tenhamos conhecimento. E isso eu vejo com um avanço, já que tais facções também são parte dos problemas por que passa o Brasil. A lista interminável de siglas partidárias só confunde o povo, que já não acredita mais em nada. O momento que estamos presenciando exige uma reflexão profunda do escalão maior da política brasileira. Eu diria, aliás, que exige reconsideração de conceitos dos três Poderes, sabendo que normalmente o Poder Judiciário ainda intimida a população, a qual se resigna em criticá-lo. Um recado tem sido dado: este é, excetuando-se os casos já citados, um movimento sem bandeiras, uma demonstração de insatisfação popular, do cidadão não filiado a nenhuma entidade ou congregação política, do pai que perdeu o filho num latrocínio, do mercante que teve seu pequeno comércio assaltado, cujos criminosos continuam à solta pelas ruas, barbarizando e aterrorizando as pessoas.

Há uma clara insatisfação do povo brasileiro, que já não suporta mais ser massacrado, ser lesado, ser ignorado pela classe política. Isso é evidente e justifica as aglomerações de pessoas que, somadas todas as cidades que registraram esses eventos, ultrapassam 1 milhão e 200 mil adeptos. Temo apenas que os movimentos se dispersem pela falta de um direcionamento, de causas mais bem definidas. Não se tem – a esta altura – um foco de reivindicações, posto que, com a ajuda das poderosíssimas ferramentas sociais, alguns começaram a aderir a causas das quais nem têm tanta consciência; muitos estão nas caminhadas para aparecer em redes sociais com cartazes, e outros se integram pela “novidade”, por algo diferente que chama a atenção. Seria preciso uma melhor condução desses movimentos, com finalidades específicas e pontuais, a fim de fortalecer um acontecimento que já é histórico.

Para que o recado dado pelo povo tenha credibilidade e, portanto, conquistas concretas sejam alcançadas, é necessário que não se faça dessas mobilizações uma “farra”, uma diversão, uma balada. Porque se isso ocorrer, estaremos apenas prolongando o carnaval, o samba, o futebol, elementos que costumam esconder nossas mazelas. É preciso que os próprios manifestantes de bem se organizem para afastar os desordeiros desses eventos, os quais estão aí inclusive pela ausência da segurança reivindicada, por não terem tido a educação sonhada ou por lhes faltarem perspectivas de futuro. Se queremos um movimento legítimo, é preciso também fazermos nossa parte, deixando as “pequenas corrupções diárias” de lado: não mentirmos para faltar o trabalho, devolvermos um troco a mais que nos passaram, não agirmos de maneira desleal em certos negócios. Afinal, a corrupção começa de baixo e, então, é a partir daí que ela deve ser combatida. Isso é organização popular, talvez o que ainda falte ao movimento como um todo. Caso tal sistematização não aconteça, daqui a um mês nem se falará mais nisso; havendo organização e legitimidade nas solicitações, ficará difícil contestá-las em qualquer instância.

15 de jun. de 2013

APRENDE-SE A ESCREVER NOS NÍVEIS BÁSICOS


Quantas vezes não ouvimos reclamações do tipo "Fulano é universitário e nem sabe escrever"? Nos últimos tempos parece que isso se tornou uma "regra". Pessoas que saem das academias totalmente despreparadas, cujo sinal primeiro vem pela incapacidade de grafar corretamente alguns vocábulos. Como profissional da área, e neste exato momento aplicando uma redação argumentativa, proponho-me a tecer algumas poucas ponderações a respeito disso. É preciso tentar entender esse fenômeno.

Quando estão nos níveis básicos, os alunos nem sempre têm o devido ensinamento de sua língua materna. Existem dois fatores, dentre muitos, que podem justificar tal deficiência: ou os professores não conseguem transmitir adequadamente tais conteúdos, seja pelo excesso de regras, seja pela falta de conhecimento (infelizmente!), ou falta-lhes tempo suficiente para que se trabalhem as competências e habilidades relacionadas à boa escrita e acentuação das palavras. O segundo caso é deplorável, mas acontece constantemente nos bancos escolares brasileiros, e o prejuízo é arcado por tais alunos em níveis subsequentes, quando o aprendizado desses tópicos dificilmente se concretizará.

Se é constrangedor sair da universidade com essas lacunas, a explicação - no entanto - não está na instância de ensino superior. Quando chegou lá, o graduando já estava prejudicado pela falta de cuidado no ensino menor, em que as bases devem-se formar, em que o zelo pelo conhecimento deve primar e quando as temáticas ensinadas solidificam-se para serem utilizadas no futuro. Então, cobrar que um aluno de nível superior saiba escrever adequadamente, apesar de ser totalmente esperado, não pode ser creditado à qualidade de seu curso universitário, uma vez que estE não é responsável por letramento. A Academia existe para o debate maduro de ideias, o qual, inclusive, depende decisivamente dessa base.

Escrever se aprende nos níveis menores, e é essa a questão preocupante no ensino brasileiro. Não estamos conseguindo nem mesmo alfabetizar funcionalmente nossas crianças e jovens. Perdemos muito tempo com excesso de "inovações" e pouca teoria, com fundamentos insuficientes para a formação escolar do educando. Fazemos muita coisa, mas ensinamos esporadicamente. Situação parecida acontece com o embasamento em matemática, o que tem causado consequencias periclitantes para o nosso desenvolvimento enquanto nação. Todos os dias, notícias da falta de engenheiros e de outros profissionais ligados às ciências exatas ocupam as mídias, reafirmando a necessidade de enfoque maior no ensino fundamental.

Estamos numa era em que se fala demais em oportunizar o acesso à universidade para alunos de camadas menos favorecidas, o que é necessário e louvável. No entanto, fazer isso sem considerar investimentos para se melhorar ensino inicial tem como conseqüência o despreparo dos egressos, os quais - sem conhecimentos mínimos de português (e matemática), que deveriam ter sido trabalhados em etapas anteriores - serão excluídos das profissões a que almejam, visto que a concorrência da atualidade é cruel e impiedosa. Não se deve cobrar do ensino universitário aquilo que é competência do nível fundamental. Dessa maneira, ter o diploma em mãos sem fazer jus a esse tal documento torna-se muito mais constrangedor do que não possuir certificado algum.

11 de jun. de 2013

AULÃO NO IEJ - INSTITUTO DE ENSINO JANUÁRIO - ACARI/RN - 08.06.2013

Professor Jaire Freitas (Geografia)

Professor Jaire Freitas interagindo com os alunos

Professor Cassildo Souza (Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - Redação)

Alunos acompanhando a leitura de trechos argumentativos


Alunos do IEJ - INSTITUTO JANUÁRIO DE ENSINO


8 de jun. de 2013

FUNÇÕES DA LINGUAGEM - CONTEÚDO PRESENTE NO ENEM / 2014





FUNÇÕES DA LINGUAGEM

1. Função referencial, informativa, denotativa ou cognitiva: está centrada no assunto e no referente, é objetiva e informativa. Caracteriza-se pela 3ª pessoa e pela denotação.
O Brasil é um país devedor.
O Sol é o centro do nosso sistema planetário.

2. Função emotiva ou expressiva: está centrada emissor, veiculando suas emoções e sentimentos. O texto é crítico e subjetivo.
Meu Deus, o Brasil nunca mais vai pagar essa dívida!

3. Função conativa ou apelativa: está centrada no receptor, na tentativa de convencê-lo a tomar uma posição. Caracteriza-se pela persuasão, uso de imperativos e é comum em textos de publicidade.
Você não pode perder a promoção desta semana!

4. Função fática: está centrada no canal, visando estabelecer e manter contato com o nosso interlocutor.
Alô, alô, não desligue, não, ouviu?

5. Função metalingüística: está centrada no código, visando a explicar elementos constituintes de nossa língua: um professor em sua sala de aula, um livro didático, um dicionário.
Adjetivo: palavra que dá qualidade aos substantivos, especificando-os ou modificando-os.

6. Função poética: está centrada da mensagem, valorizando a maneira como esta é transmitida: o ritmo, o vocabulário conotativo, a sonoridade têm influência no conteúdo das informações. O subjetivismo é preponderante.
Queria ter amado mais, ter chorado mais
Ter visto o sol se pôr.
(...)
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.