27 de set. de 2012

ISOLADO DE REDAÇÃO DE 27.09.2012


PARÁFRASE – VERSÕES DIFERENTES PARA O MESMO TEXTO

Paráfrase

            Significa a reescritura de um texto sem alteração de sentido. É comum que os exames vestibulares e concursos em geral se baseiem nesse conhecimento para elaborar as questões de interpretação, considerando vários recursos explicados a seguir:

a) Emprego de sinônimos:
1. Como era domingo, queria descansar um pouco
2. Porque era domingo, desejava repousar um pouco.

b) Emprego de antônimo com apoio de uma palavra negativa:
1. Ela estava mal.
2. Ela não estava bem.  

c) Utilização de termos anafóricos:
1. Paulo e Antônio já saíram. Paulo foi às compras; Antônio, ao escritório.
2. Paulo e Antônio já saíram. O primeiro foi às compras; o segundo, ao escritório.

d) Troca de termo verbal por termo nominal ou o contrário:
1. É necessário que todos se esforcem.
2. É necessário o esforço de todos.

e) Mudança de voz verbal:
1. O conteúdo foi abordado pelo professor.
2. O professor abordou o conteúdo

A seguir, serão disponibilizados 3 diferentes versões com o mesmo sentido e unidade, dentro das definições de paráfrase.

1ª VERSÃO

Na verdade, as emissoras de TV que oferecem esse modelo de atração lucram bastante com os anunciantes e não estariam nem um pouco dispostos a trocá-lo por programas educativos, culturais, o que seria bem melhor para o país. Por esse mister, tal idéia é incogitável. No entanto, aqueles que por acaso não se afinam com tal atração têm – hoje muito mais do que antes - opções abundantes para escolher gêneros diferentes, sem se incomodarem com os reality shows.”
2ª VERSÃO

“Na realidade, os canais de TV que oferecem tipo de atração lucram consideravelmente com os patrocinadores e não estariam jamais propensos a substituí-la por programações educativas, de cunho cultural, o que seria bem mais interessante para o país. Em virtude disso, essa idéia é impensável. Porém, aqueles que porventura não se identificam com a programação possuem – agora mais do que nunca – inúmeras opções para escolher outros gêneros, sem se importarem com os reality shows.”

3ª VERSÃO

“Evidentemente, os canais televisivos que disponibilizam esse gênero de programação faturam demais com as propagandas e não se disporiam nem um pouco a trocá-lo por atrações educativas ou culturais, o que seria bem mais decente para a nação brasileira. Por essa razão, tal proposta é inconcebível. Entretanto, os que eventualmente não apreciam o referido gênero têm – atualmente bem mais do que antes – alternativas de sobra para optar por gêneros diferenciados, sem se aborrecerem com os reality shows.”

ATIVIDADE PRÁTICA

Construa uma nova versão para o parágrafo abaixo

“.Entretanto, essa função não é mais verdadeiramente desempenhada, sendo comum encontrarmos casos em que irmãos se agridem ou, até mesmo, o pai ou a mãe maltratam seus filhos, exemplo do recente caso Isabella Nardoni, que obteve repercussão nacional. A violência contra as crianças ocorre constantemente, porém são poucos aqueles que são denunciados e punidos, fazendo com que a justiça, o governo e a sociedade não tomem conhecimento de todas as ocorrências. Desta forma, nós próprios estamos ajudando para que esse tipo de agressão seja cada vez mais comum. Não existem justificativas para a violência, pior ainda quando esta é praticada contra inocentes e indefesas crianças.

24 de set. de 2012

PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 05/2012 - 24.09.2012


PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 04/2012 - 06.08.2012


PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 03/2012 - 04.06.2012


PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 02/2012 - 16.04.2012


PROPOSTA DE REDAÇÃO N.º 01/2012 - 05.03.2012


QUESTÕES OBJETIVAS OU DISCURSIVAS? O MELHOR MESMO É MESCLAR.

Entre colegas, num intervalo de aula, na sala dos professores de alguma escola de nível médio situada no Seridó - seja Tristão de Barros ou Iracema Brandão - vem a prgunta: O que é melhor na hora de um exame avaliativo: questões discursivas ou objetivas? Eis que um de meus colegas abre outra discussão, questionando sobre a quem eu me refiro: para os alunos ou para os professores?  É um tema verdadeiramente complexo, pois cada situação tem seu lado positivo e lado negativo, como todas as matérias de natureza paradoxal.

Vamos então às análises: se um professor elabora 10 questões objetivas de 4 alternativas, ele terá - no mínimo - 50 itens para criar, sendo 40 alternativas e 10 enunciados, o que - convenhamos - leva um tempo e um trabalho consideráveis. Para o aluno, num primeiro momento, essa prova seria teoricamente mais fácil, já que ele não teria que produzir uma resposta subjetiva; tal resposta estaria já sugerida dentre as opções de "A" a "D", embora o raciocínio lógico em muitas situações devesse ser exercido, requerendo-se habilidade de deduzir possibilidades e descartar hipóteses. Quanto à correção, o professor compensaria todo o trabalho realizado durante a elaboração, pois seria bem mais prático o processo.

Agora, consideremos uma prova discursiva com 5 questões sobre determinado assunto. Em primeiro momento, o professor pode - aleatoriamente - escolher 5 temas e produzir as questões. O ideal é que elas não sejam genéricas demais, como "Discorra sobre o assunto", "Fale sobre isso, sobre aquilo". Porém, é sempre mais cômodo para quem elabora quando se criam quesitos dessa natureza. Para o aluno, entretanto, são itens que exigem mais raciocínio, mais reflexão, mais leitura. Portanto, existe maior complexidade em respondê-las, mesmo por aqueles estudantes que se destacam, mas por isso mesmo é que devem ser cobradas. Na hora de corrigir, os professores também passam a ter mais trabalho, pois às vezes os parâmetros não são suficientes para medir a diversidade de respostas possíveis.

Está claro que o melhor a se fazer é mesclar questões objetivas (para que possam trabalhar com jogo de raciocínio lógico) com questões discursivas (pelas quais os alunos testam sua capacidade de refletir, de entendimento aos conteúdos estudados, e de produção escrita, aspecto crucial na aprendizagem); aos docentes, essa união entre objetividade e subjetividade também os ajudará na sua vivência avaliativa, uma vez que os conhecimentos experienciados pelos alunos serão mais bem mensurados. Os alunos enfrentarão esse modelo nos exames durante a sua vida e é preciso, de agora, já terem contato com estes nos mais diversificados contextos. Nisso, todos os colegas na discussão concordam e acredito que outros profissionais também, mas é claro que se trata de um debate e opiniões distintas também são extremamente relevantes.

19 de set. de 2012

COMO PRODUZIR UM PARÁGRAFO CONCLUSIVO



COMO FINALIZAR UMA REDAÇÃO – PARÁGRAFO CONCLUSIVO

Assim como a INTRODUÇÃO, um dos sérios problemas enfrentados por alunos pré-vestibulares no texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO é a CONCLUSÃO.
Algumas formas de se construir um parágrafo conclusivo são indicadas. Destaque para RETOMADA DA TESE e SOLUÇÃO PARA A PROBLEMÁTICA DEBATIDA, uma vez que o último parágrafo precisa ter conexão lógica com o primeiro.

1. RETOMADA (REFORÇO DA TESE)

Exemplo 01

Diante dos fatos expostos, reafirmamos a dificuldade em se controlar a incidência do crack no Brasil, uma vez que políticas públicas com esse objetivo têm sido pouco produtivas ou quase inexistentes; precisamos estar cientes dessa situação, para – quem sabe assim – buscarmos os devidos meios, compreendendo que discursos superficiais ou utópicos não resolverão um problema complexo e, portanto, preocupante.
(Cassildo Souza)

Exemplo 02


Nos dias atuais, o profissional que quiser ser bem-sucedido precisa reunir uma série de características, trabalhar em vários campos, relacionar-se bem com as pessoas e ser completamente dedicado. A situação em que se encontra a economia não dá chances a deslizes, por menores que sejam, e cabe a todo profissional a busca incessante para que o tal mercado de trabalho deixe de ser um monstro e passe a ser a solução.
(Cassildo Souza)

2. SOLUÇÃO PARA A PROBLEMÁTICA DEBATIDA

Exemplo 01

A população precisa arregaçar as mangas e tomar uma posição frente ao descaso da segurança. Chega de ser lesado o tempo todo, com falácias superficiais, que não eliminam tal realidade. Mobilizar-se, cobrar das autoridades, organizar-se civilmente poderiam ser sugestões interessantes a se seguir. Caso contrário, daqui a dez anos, talvez nem estejamos vivos para reivindicar.
(Cassildo Souza)
Exemplo 02

É assim que me pronuncio, respeitando os preceitos que orientam a religião católica.  Penso, Santo Padre, que o tema é deveras árduo, mas precisa ser discutido. Ao liberar o casamento para os sacerdotes da Igreja, o Vaticano poderia, quem sabe, estar contribuindo para que alguns escândalos vivenciados pela Instituição fossem amenizados. Padres são seres comuns, de carne e osso, ainda que tenham o dom espiritual e retórico de nortear o bom caminho a seus seguidores. Precisam ter esposa, filhos, uma família própria, vivendo com consciência tranqüila e necessidades satisfeitas.
(Cassildo Souzao Souza)

15 de set. de 2012

NA VISÃO DOS JOVENS ATUAIS, A ESCOLA CONTINUA REALMENTE NECESSÁRIA?


Temos presenciado há algum tempo discussões sobre os ajustes da instituição escolar aos anseios da juventude atual. Em parte, a premissa está correta, já que os contextos mudam a cada era. No entanto, é preciso discutir se a escola precisa ou mesmo tem a obrigação de ser um espaço destinado exclusivamente a atender aos interesses da clientela estudantil, independentemente de quais sejam. Se assim o for, não sei se sua existência é mais necessária.

Evidentemente, a escola não pode viver na "era analógica", não deve ficar datada, tem de ajustar-se à contemporaneidade. Isso jamais deve ser negado. Por outro lado, não é salutar distorcer tais princípios sob a justificativa de servir ao aluno fora dos objetivos a que essa mesma escola se destina. A educação escolar, sabemos, é a sistematização do conhecimento, e nem sempre a clientela, pelas peculiaridades de sua faixa etária, está propensa a apreendê-lo. Por isso nem tudo pode ser cedido pela escola, por uma razão de adequar o que será transmitido às finalidades previstas a uma instituição educacional.

De repente, estamos caminhando para o que eu chamaria de "loucura" ou "absurdo": o fim das escolas, pelos menos no modelo em que é concebida atualmente. Se os jovens atuais, em grande parte, não veem sentido em estudar, "alimentados" por suas famílias, que já não conseguem acompanhá-los, isso não significa necessariamente que a escola deva moldar-se a suas pretensões, mas é o que se defende cotidianamente, como se o grande problema da educação fosse eternamente a escola e os profissionais que lá atuam. Em todas as análises sobre problemas, especialmente a evasão escolar, aponta-se para a falta de atrativo nos bancos escolares. Ora, se os adolescentes não encontram motivo para irem à escola, isso não quer dizer que o problema seja de quem a compõe. Tal público tem frequentado as aulas sem captarem os temas que lá são debatidos, como se quisessem apenas "oficializar" uma formação, para tentar ou o mercado de trabalho ou o ensino superior, mesmo sem a preparação devida, apenas para atender um requisito social. Isso é um fato e precisa ser levado em conta.

Da maneira como as coisas se apresentam - e como infelizmente querem alguns "estudiosos da educação" - a escola não se sustentará. É improvável e inconcebível que consideremos a adaptação total para atender a interesses pessoais ou desinteresse da maioria do público estudantil, que não vê mais importância não só na escola mas em outros segmentos. Meu temor é que, num processo lento, os bancos escolares estejam condenados ao fim, como já observamos no número de matriculados a cada ano, especialmente no ensino médio. Nossos jovens, municiados por teóricos, pela mídia de massa e principalmente pela falta de acompanhamento dos pais, não percebem mais a força do saber sistematizado e tem uma voz muito ativa nesse sentido.

12 de set. de 2012

Obrigado pelos 900.000 acessos


Agradeço a todos os amigos que acessam o meu blog e, portanto, que contribuíram para alcançarmos a marca das 900.000 "pageviews" (visitas), desde novembro / 2008. São exatamente 46 meses, com média aproximada de 19.565 acessos por mês, cerca de 652 cliques neste endereço diariamente. 

A relevância da marca, além dos números absolutos, se configura também porque trato de questões relativas a LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS, área importante mas erroneamente ignorada por muitos estudantes que não veem nesse aspecto uma alternativa para expressarem-se e escrevem bem. Como se trata de um material sério, tenho a comemorar ainda com mais ênfase o feito.

Repito sempre que - caso se tratasse de notícias sobre modas, fofocas de artistas ou casos policiais - esse número seria obtido em muito menos tempo. Mas, levando-se em conta o tipo de abordagem aqui realizada, sinto-me orgulhoso de ser prestigiado por pessoas dos mais diversos lugares do Brasil, que procuram aqui soluções a suas dúvidas, fazendo às vezes, deste espaço, uma ponte para contatos mais aproximados, como os casos em que me enviam textos por e-mail para correção ou aqueles pelos quais o perfil e a página do Facebook direcionam ao blog.

Mais uma vez. obrigado a todos os que colaboraram para que tal marca de acessos fosse conquistada. Continuarei sempre à disposição e em meio à correria que levo procurarei adicionar temas interessantes para os internautas.

Minha gratidão a todos!

Cassildo.


11 de set. de 2012

O FOCO DA PROPOSTA


Em nossas análises dos diversos textos que corrigimos na preparação ao vestibular, temos nos deparado com um problema bastante preocupante, que - na verdade - envolve diretamente a habilidade linguística COMPREENSÃO - INTERPRETAÇÃO: o foco da proposta. Os alunos - em grande parte - não vêm conseguindo enquadrar os seus argumentos adequadamente nos temas propostos.

A seguir, exemplificaremos 3 temas de redação e 3 parágrafos de desenvolvimento que se desviam parcialmente do que foi sugerido na proposta. Depois, faremos breves análises.

1º TEMA: O VOTO CONSCIENTE COMBATE A CORRUPÇÃO, EVITANDO QUE VERBAS SEJAM DESVIADAS DOS COFRES PÚBLICOS?

"É  preciso ter consciência para não vender um bem tão precioso como o voto; quem o transfere por dinheiro ou outras vantagens está simplesmente alimentando a corrupção, pois o indivíduo que será eleito não terá - em tese - obrigações para com o eleitor. Para haver legitimidade do processo eleitoral, o voto não pode ser vendido, sob hipótese alguma."

Comentários: Veja que o parágrafo acima foca-se exclusivamente na compra e venda de votos, quando na verdade o correto seria abranger o combate à corrupção em geral, principalmente depois de o candidato ser eleito. Isso configura fuga parcial ao tema.

2º TEMA: O USUÁRIO DE COCAÍNA CONTRIBUI PARA O FINANCIAMENTO DO TRÁFICO E CONSEQUENTEMENTE DA VIOLÊNCIA?

"As drogas são um mal que assola o Brasil e, por esse motivo, precisamos urgentemente combatê-las. Os pais devem orientar seus filhos desde os primeiros passos, instruindo-os e acompanhando-os para que não adentrem nesse caminho. A sociedade civil também tem obrigação moral de buscar soluções para um problema que não é de um indivíduo, nem de um grupo, é da população, de todos nós brasileiros de bem."

Comentários: Apesar da boa articulação textual, este não se apresenta de maneira adequada ao tema proposto o que - no presente caso - constitui fuga quase que total ao tema proposto. O enunciado concentra-se em saber se o usuário de cocaína financia a violência, mas o redator se limita a abordar o mal que a droga traz e sugere soluções para resolver o problema, sem sequer citar a cocaína.

3º TEMA: AO REGULAMENTAR A UNIÃO CIVIL DE HOMOSSEXUAIS, O STF ACERTOU OU ERROU?

"Não aceitar a homossexualidade constitui sinal de intolerância, o que é totalmente inadmissível nos dias atuais. O mais coerente é aceitarmos as opções de cada um, por isso me posiciono em favor da união homoafetiva, defendendo que assumam suas posições e que não sejam agredidos em virtude da vida que escolheram para si. Cada um decide aquilo que melhor lhe convém."

Comentários: A proposta sugeria como tema o acerto ou o equívoco por parte do STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - quanto ao reconhecimento da união civil entre pessoas do mesmo sexo. O trecho acima, entretanto, apesar de ser bem redigido, concentra-se em defender a aceitação da homossexualidade. Isso seria viável para outra proposta. Também houve, aqui, fuga parcial ao tema proposto.

Amigos, espero ter esclarecido as dúvidas a respeito do enquadramento do tema em TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS.

Boa escrita sempre!

7 de set. de 2012

"AO ENCONTRO DE" OU " DE ENCONTRO A"?


Há certas expressões no Português que, alheias ao preciosismo gramatical de alguns "tecnicistas da Língua", acabam definindo um sentido, bem como seu uso equivocado pode causar um efeito completamente diferente daquele pretendido pelo autor da mensagem.

Nas frases "(1) Minhas ideias estão DE ENCONTRO ÀS suas, pois pensamos parecido." e "(2) Meus pensamentos vão AO ENCONTRO DOS seus, mas respeito suas opiniões.", as expressões em destaque estão trocadas, considerando-se o contexto em que ambas estão organizadas. Isso acaba sendo comum, já que são tão semelhantes, embora os sentidos sejam opostos entre si.

No período n.º 1, o emissor quis dizer que as "ideias" de ambos são correlatas, parecidas, e que - portanto - comungam-se os mesmos pensamentos. O correto neste caso seria empregar a expressão "AO ENCONTRO DAS SUAS", destacando a preposição "A" (de AO) como indicativa de "direção", "destino" e, por isso, de convergência.

Na segunda frase, os sentidos autorizam a interpretar que há adversidade nas ideias, e, desse modo, o termo adequado para representar essa oposição seria "DE ENCONTRO AOS SEUS", como se a preposição "DE", ao contrário de "A" da frase 1, indicasse choque, colisão, ou seja, contraste entre os posicionamentos.

Para concluir, de modo objetivo, devemos ter que:

AO ENCONTRO DE: convergência, concordância;
DE ENCONTRO A: divergência, discordância.

E ninguém mais precisará perder o sono por esse motivo. Em breve postarei relação parecida entre as locuções conjuntivas À MEDIDA QUE e NA MEDIDA EM QUE, cujo emprego é largamente confundido e incidente também sobre a semântica da mensagem.

Boa escrita sempre!

Cassildo.

1 de set. de 2012

COMO PRODUZIR UM PARÁGRAFO DE DESENVOLVIMENTO - ISOLADO DE 30.08.2012


COMO SE PRODUZIR UM PARÁGRAFO DE DESENVOLVIMENTO

Na página anterior, vimos as maneiras de se produzir uma INTRODUÇÃO. Agora, avançamos no sentido de orientar como redigir um parágrafo de DESENVOLVIMENTO. Lembramos que o texto poderá ter apenas um parágrafo desse tipo. Isso varia conforme os argumentos. Se o desenvolvimento for construído considerando-se 2 argumentos, serão necessários 2 parágrafos; se for construído com base em 3 argumentos, 3 parágrafos serão exigidos e assim por diante.
Nessa parte do texto, a proposta contida na introdução (tema ou tese) deverá ser detalhada e sustentada com argumentos, os quais podem constituir DEFINIÇÕES, REFUTAÇÕES, ENUMERAÇÕES, EXEMPLOS, dentre outros inúmeros recursos que os redatores podem empregar.
Não há uma receita fixa, mas esses tópicos são, no geral, orientadores para um texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO bem fundamentado.

1. REFUTAÇÃO

Apesar de alguns defenderem a legalização das drogas, afirmando que isso diminuiria o tráfico, tal premissa não está devidamente comprovada pela realidade. Há lugares em que isso se mostra totalmente contrário, caso de alguns entes federados dos Estados Unidos onde a maconha é permitida, e – ainda assim – o tráfico não teve redução significativa, levando-nos a considerar que uma coisa não garante necessariamente a outra e que, portanto, a tese de quem é favorável à descriminalização não pode se basear nesse fundamento.
 (Cassildo Souza)
(Constrói-se o argumento contrariando a idéia de que a legalização das drogas desestabilizaria o tráfico de entorpecentes.)

2. EXEMPLIFICAÇÃO

A prova de que a corrupção virou algo comum no Brasil são os inúmeros casos dos quais a sociedade teve conhecimento nos últimos dez anos. O mensalão, cujo processo envolve 37 réus, é apenas um exemplo – dentro muitos outros – de que pessoas de influência nos mais altos escalões usam os cargos públicos em seu favor, subtraindo os recursos oriundos de nossos impostos, que já são extremamente elevados.
(Cassildo Souza)

(Constrói-se o argumento sobre o exemplo do “Mensalão”, para justificar a normalidade da corrupção no Brasil.)

3. DEFINIÇÕES

A palavra preconceito define-se como conceito antecipado que se tem de determinada coisa ou pessoa. Isso significa que todos nós somos preconceituosos, em maior ou menor grau. É impossível não construirmos primeira impressão ao conhecermos alguém, mesmo que – algum tempo depois – tenhamos a oportunidade de mudar os conceitos ou opiniões formados por ocasião de um primeiro encontro rápido ou pouco produtivo. Assim, deixando a hipocrisia de lado, tal prática é mais comum do que imaginamos, até mesmo para quem não percebe que está sendo preconceituoso.
(Cassildo Souza)
(Constrói-se o argumento com base na definição da palavra preconceito, para se justificar que todos nós temos essa característica)

4. ENUMERAÇÃO

 A escola pública brasileira não consegue cumprir fielmente seu papel na sociedade por algumas razões: primeiro, a instituição escolar não está alinhada à realidade de sua clientela estudantil, precisando haver urgente reformulação; segundo, falta investimento estatal na estrutura física, material didático e valorização aos profissionais; um terceiro motivo desse problema seria a falta de compromisso de grande parte do corpo docente que, na maioria das vezes, ausenta-se de sala de aula para assumir outras ou nenhuma função.
(Cassildo Souza)

(Constrói-se o argumento com base na enumeração de 3 razões que se destacam para dificultar o processo educacional no Brasil.)