28 de ago. de 2011

REDAÇÃO DO IV SIMULADO - CENTRAL DE CURSOS - 27.08.2011

CENTRAL DE CURSOS – OS CAMPEÕES EM APROVAÇÃO

SIMULADO CENTRAL DE CURSOS – SÁBADO (27.08.2011)

NOME: __________________________________________________________NOTA: ______

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Leia o texto-base abaixo e, em seguida, siga as instruções para produzir sua redação.



DEZ MOTIVOS PARA A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL

Sep2010

Autor: Ivan Moraes Filho

1) De 2002 a 2007, cerca de 1,2 milhão de mulheres procuraram o Serviço Único de Saúde no Brasil por conta de complicações em abortos mal realizados (fonte: SUS);

2) Nesta mesma época, R$ 160 milhões foram gastos pelo SUS para acolher estas mulheres;

3) A maior parte das mulheres que sofrem complicações por abortamentos mal realizados são pobres e negras;

4) Definir quando quer ter filhos/as é direito sexual e reprodutivo das mulheres;

5) Cientistas não concordam (e talvez jamais concordarão) sobre quando exatamente tem início a vida. A estrutura cerebral completa se dá apenas aos 3 meses de gravidez, o que é argumento para a regulamentação do aborto até este limite;

6) De acordo com a legislação atual (de 1940), o abortamento é já é legal se a mulher tiver sido vítima de estupro ou se correr risco de vida. Na prática, porém, estas exceções não funcionam como deveriam;

7) Convicções religiosas são legítimas e devem ser seguidas pelo fiel de cada credo. Se uma determinada religião não aceita uma prática qualquer da sociedade, está no seu direito de solicitar que seus seguidores não compactuem com esta prática. Mas o dogma não deve interferir na legislação ou na garantia dos direitos das outras pessoas;

8) Você certamente conhece alguém muito próximo que já passou pela experiência do aborto. Com certeza alguém do seu ciclo de amizades ou da sua família. Muito possívelmente até você. E você não acha que essa pessoa tem que ir para a cadeia por conta disso;

9) Por incrível que pareça, camisinha também falha. Muito pouco, se bem utilizada. Mas falha.

10) Quase um lembrete: ser a favor da legalização do aborto não quer dizer ser a favor do aborto. Quer dizer que você é a favor que as mulheres que precisem recorrer a este procedimento possam fazê-lo através do serviço público de saúde sem medo de represálias e sem correr risco de morte.

http://www.bodega.blog.br/zuvidizoio/dez-motivos-para-a-legalizacao-do-aborto-no-brasil/

Com base no texto acima, escreva uma CARTA ARGUMENTATIVA endereçada ao Senhor Ivan Moraes Filho, autor da postagem, posicionando-se TOTALMENTE ou PARCIALMENTE contra ou a favor da descriminalização do aborto no Brasil. Estruture seu texto nos moldes do gênero solicitado, sem ferir os direitos humanos. Como você não poderá assinar o seu nome, use o pseudônimo Gestação Interrompida.

INSTRUÇÕES:

Þ Evite, ao máximo, rasuras;

Þ A assinatura com o nome original acarretará ao aluno a nota ZERO (0,00);

Þ O texto deverá adequar-se a uma norma ortográfica específica: o aluno utilizará a regra antiga ou a atual, mas deverá definir uma única forma de escrita;

Þ Serão analisados os seguintes aspectos: emprego adequado da norma culta; análise correta e coerente do tema proposto; aspectos coesivos; estrutura textual adequada à tipologia e ao gênero textual.

MARQUE UM “X” NA OPÇÃO ESCOLHIDA PARA A NORMA ORTOGRÁFICA

( ) REGRAS ANTERIORES AO ACORDO

( ) REGRAS ESTABELECIDAS PELO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

- ESCREVA O SEU TEXTO NO VERSO -

27 de ago. de 2011

REFERENCIAÇÃO ANAFÓRICA E CATAFÓRICA

Referenciação ou Coesão Referencial é um tipo de coesão caracterizada pela retomada de termos já citados (referentes) ou de modo contrário, em que o termo referente aparece depois da definição ou identificação. No primeiro caso, há REFERENCIAÇÃO ANAFÓRICA; no segundo, REFERENCIAÇÃO CATAFÓRICA:

1. Ronaldo anunciou a saída dos campos, num clima de grande emoção. Ele ainda afirmou que continuará no meio futebolístico.

* A retomada do referente "Ronaldo" é realizada pelo pronome pessoal "Ele". Neste caso, há Referenciação Anafórica ou simplesmente Anáfora.

2. Tendo grande aceitação por parte dos corintianos, ele não poderia anunciar sua aposentadoria em clima mais emocionante. Ronaldo realmente se identificou com a Gaviões da Fiel.

* Aqui, o referente "Ronaldo" aparece depois das informações que são veiculadas sobre o jogador. Por isso, dizemos que o caso é de Referenciação Catafórica ou simplesmente Catáfora.

É bom ficarmos atento a esse conteúdo, na medida em que ele tem sido cobrado em larga escala nos concursos, exames de admissão, vestibulares e ENEM. Além disso, numa redação a coesão é fundamental para que o texto tenha equilíbrio e, em muitos casos, norteia a coerência e unidade textuais.

Um abraço e até a próxima postagem.

25 de ago. de 2011

SIMULADO CENTRAL DE CURSOS

Esta semana não haverá aulão na Central de Cursos, por ocasião do IV SIMULADO / 2011. Os alunos que estão comprometidos com os seus objetivos deverão usar esse momento como parâmetro da prova que a UFRN realizará no final de novembro.

Todos devem comparecer!

21 de ago. de 2011

QUE VENHA A SEMANA!

Para algumas pessoas, o domingo é sinônimo de descanso, passeio, filmes, etc. Este domingo, para mim, como tantos outros que já venci, foi para correções, especialmente de proposta de redação trabalhada durante a semana na Central de Cursos - Currais Novos e CEDAP - Santa Cruz.

Esse tipo de atividade serve para aquecer o início de uma semana que terá muitas movimentações. Tristão de Barros, Central de Cursos, Prefeitura, IEJ (Acari), CEDAP (Santa Cruz). Necessário será força e determinação para cumprir cada uma das tarefas a que me propus.

Como sempre, o que tento passar para outras pessoas é que tudo se resolve quando se propõe a isso. Bom poder movimentar-me assim, em vários contextos. É um aprendizado do qual não quero fugir tão cedo e, tenho certeza, isso me faz crescer cotidianamente. Estar com saúde e disposição para isso é presente sem definição.

Portanto, semana, aí vou eu. Sempre com a filosofia de fazer o que é certo, mas consertando os erros que inevitavelmente surgirão. É sempre bom poder dizer que se vai começar a semana de pé direito, realizando não mais do que as obrigações a que fomos chamados.

Boa noite a todos os que reconhecem meu trabalho e um convite àqueles que ainda não o visualizaram.

Um abraço!

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E SEMI-INDIRETO (INDIRETO LIVRE)

TIPOS DE DISCURSO

Ao analisarmos qualquer narrativa, distinguimos a linguagem do contador da estória (o narrador) e a linguagem das personagens, aquelas pessoas que participam, que compõem a estória, agindo, dialogando, enfim, expressando-se. O próprio narrador pode se constituir em um personagem, caso em que os verbos e pronomes aparecerão na primeira pessoa do singular.

A linguagem do narrador geralmente caracteriza-se pelo respeito à norma culta, enquanto que a linguagem das personagens dependerá de seu meio cultural, posição social, etc., dentro da narrativa. Um juiz, por exemplo, não falaria igualmente a uma criança de cinco anos de idade.

a) Discurso Direto

Dizemos que o discurso é direto quando representa a reprodução fiel das falas das personagens. Geralmente, é indicado pelos travessões, que constituem os diálogos dos atores do texto, e pelos verbos de elocução (verbo dicendi) (falar, indagar, afirmar, explicar, responder, etc.).

A moça ia no ônibus muito contente da vida, mas, ao saltar, a contrariedade se anunciou:

- A sua passagem já está paga – disse o motorista.

- Paga por quem?

- Esse cavalheiro aí.

(Fernando Sabino)

b) Discurso Indireto

Nessa modalidade do discurso, o narrador acaba adaptando a linguagem das personagens à sua, não havendo, portanto, uma reprodução fiel do diálogo. É marcante, nessa modalidade, a presença dos conectivos subordinativos “que” e “se”.

O doutor Fábio, em frente de sua mesa de trabalho, ar um tanto caso, com grande simpatia, perguntou-me o que eu desejava.

Respondi-lhe prontamente que desejava um lugar na explicação.

Caso transformássemos, para o discurso direto, o trecho acima, teríamos a seguinte construção:

O doutor Fábio, em frente de sua mesa de trabalho, ar um tanto caso, com grande simpatia, perguntou-me:

- O que você deseja?

Respondi-lhe prontamente:

- Desejo um lugar na explicação.

c) Discurso Indireto Livre ou Semi-indireto

Modalidade do discurso em que as vozes do narrador e personagem confundem-se, não sendo possível identificar, com clareza, a fala de um ou de outro. O narrador reproduz um pensamento da personagem.

Um dia acabou encontrando-se com ela numa rua escura e semideserta. Seus olhares, cúmplices, se cruzam. Chegou a hora de espantar incertezas. Não, mas não quero precipitar-me.

Transposições entre pronomes, verbos e advérbios na conversão do discurso:

a) Os pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos e verbos passam de 1ª para 3ª pessoa do singular ou plural: eu, me/mim, comigo convertem-se em ele/ela, o/a/lhe, se/si, consigo.

b) Os advérbios aqui/cá transformam-se em ali/lá; agora torna-se naquela ocasião/naquele momento; hoje em naquele dia.

c) Presente do indicativo passa ao imperfeito desse mesmo modo: estamos muda para estivemos.

d) O pretérito perfeito do indicativo passa ao mais-que-perfeito desse mesmo modo: fiz vira fizera.

e) O futuro do presente converte-se ao futuro do pretérito: farei converte-se em faria.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. (CS/2010) Marque a alternativa em que há predominância do discurso indireto:

a) Os homens falaram que não mais iriam trabalhar na obra.

b) Disse-me, com veemência: “não virei mais aqui”.

c) Como saber se aquilo era verdade ou mentira? Não podia acreditar no que acontecera.

d) É possível que o assaltante tenha dito, nunca ganhei dinheiro tão fácil.

e) E o menino corria mais do que era capaz, para poder chegar a tempo.

02. (CS/2010) Mantendo a correspondência entre os tempos verbais, converta o trecho a seguir para o discurso indireto

Chegando ao local do evento, o artista não gostou muito do que viu. Então, dirigindo-se à coordenação, ele questionou:

- Vocês querem que eu me apresente num palco tão pequeno?

- É o que temos por ora, explicou o promotor da festa.

- Desculpe-me, mas, nesse cubículo, eu não farei o show.

RESPOSTAS:

01. A. No caso do discurso indireto, sempre haverá a presença das conjunções subordinativas QUE e SE, formando um período composto. A fala do personagem adapta-se à do narrador. Único caso existe na alternativa “A”.

02. Chegando ao local do evento, o artista não gostou muito do que viu. Então, dirigindo-se à coordenação, ele questionou se os organizadores queriam que eu ele se apresentasse num palco tão pequeno. O promotor da festa, então, explicou que aquele era o que eles dispunham naquele momento. O artista pediu desculpas, mas afirmou que, naquele espaço, não faria o show.

20 de ago. de 2011

VIDA "MODERNA"

Sono tarde. Despertar cedo. Refeições apressadas. Estresse extremo. Trabalho demais. Busca do melhor, dos maiores lucros, sem nem saber quando, como e se gastá-los. Briga com os colegas. Este é o retrato que tenho tirado da vida "moderna" que levamos e a qual não sabemos para onde nos conduzirá.

A começar pelo lar, onde cada cômodo possui uma TV e computador com internet, o mundo tem experimentado uma maneira muito louca de ser moderno: a era do isolamento e da pressa totais, tempo em que a velocidade - periogosamente - tem sobreposto à contemplação das coisas mais simples e necessárias.

O nosso tempo é tão estranho, que não conhecemos nem mesmo nossos vizinhos. Os amigos, estes, ficqando marcando os dias para encontrá-los, e a ocasião parece não querer acontecer. É o trabalho que toma todo o tempo. É o tempo escasso que nos "engole" como se fosse um buraco-negro. Somo mesmo seres sociáveis ou essa concepção mudou? Preferimos a internet a uma boa conversa, porque nosso parceiro virtual também quer assim. E ficamos sentados - cada vez mais carrancudos, com problemas de visão e coluna, no mais profundo isolamento. E ainda temos a audácia de acharmos isso algo revolucionador.

No trabalho, não há tempos para conversas. Afinal, "conversar" é perder tempo. E todos querem ganhar tempo, contraditoriamente gastando tempo, perseguindo o tempo, sem noção do tempo. os contratempos se destacam. Chegamos a casa na hora de dormir, acordamos na hora de sair. Mas não "saímos do lugar".

Precisamos urgentemente rever esses vagos conceitos. O mundo - no todo - não melhorou e nem passa por um momento atualmente. Sacrificar vidas ou modificá-las para pior em nome do "desenvolvimento" não convence mais, visto que as crises têm sido constantes e em intervalos cada vez mais menores no planeta. A correria, a falta de relacionamento presencial e a isolação não são - decididamente - atitudes concretas, e o caos em que nos inserimos comprova essa falta de direção pela humanidade. Abandondemos essa vida "moderna" e retomemos hábitos que nos faziam bem melhores do que hoje. Caso contrário, poderemos apressar a nossa própria extinção.

18 de ago. de 2011

PROFESSOR ARIMATÉIA - LEMBRANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Lembrar o Professor Arimatéia, para mim, nunca será difícil. Nas manhãs de 1991 e 1992, no antigo Colégio Comercial de Currais Novos (atual "Prof. Humberto Gama"), a matemática se tornava mais clara. Para quem não sabe, sempre gostei de matemática e os incentivos de professores como Canidé Marciano, Paulo Salviano e, em seguida, o próprio Arimatéia me faziam buscar ainda mais aprender a matéria.

Ele era moderno já naquela época. Tinha o cuidado de fazer o aluno raciocinar, para não depender tanto da calculadora e, mais tarde, dos computadores. A clareza com que passava o conteúdo era coisa digna de quem nasceu para fazer aquilo. O domínio de sala era de fazer inveja a muitos teóricos da educação, que tentam traçar planos mirabolantes no sentido de conter uma turma e muitas vezes não conseguem. Conquistava a autoridade naturalmente.

Era uma pessoa muito consciente. Lembro-me, certa vez, de um episódio envolvendo a mim e um colega (Isaac, filho de Fátima Macedo, ambos também falecidos). Eu, muito inocente, inventei de brincar com Isaac antes do horário começar fazendo a popular "queda-de-braço"e, para nosso azar, no momento em que o Professor entrava, eu caí provocando um barulho incrível. Arimatéia, muito moralista, mas sem levantar a voz, pediu que saíssemos. Eu, é claro, chorei por nunca ter sido expulso de sala. Deveríamos ficar 3 aulas sem comparecer à disciplina.

Na aula seguinte, quando o professor entrou, eu continuei em sala. Logo depois, Marlir Alice (Diretora inesquecível) chega questionando o porquê de eu continuar ali. "Professor Arimatéia está esperando que você saia, Cassildo, não é, professor?". E a resposta, em tom sereno como sempre, "não". Ele sabia que eu não tivera culpa no episódio anterior. Isso me marcou bastante, porque é como se comandante reconhecesse que talvez tenha exagerado na punição. Como professor, é uma das lições que levo, porque estamos, sim, propensos a cometer falhas e o reconhecimento delas é a maior grandeza que se pode ter.

Não sou da área de matemática, mas até hoje, levo os ensinamentos do mestre. Utilizo essa ciência no meu dia-a-dia, aliás qualquer professor precisa dominá-la, como parte integrante do seu trabalho avaliativo. Ele era um dos símbolos da boa aula, da autoridade (sem autoritarismo), da serenidade e, especialmente, da capacidade que apresentava desenvolvendo suas funções. Deve servir de referência para todos que por ele passaram.

Vou lembrar dele sempre com sorriso. Alguém que prestou sua contribuição e que prematuramente partiu. Alguém que cumpriu sua missão docente sempre com presteza e dedicação. Isso sempre foi a opinião geral, não se trata de um discurso em homenagem póstuma. Sempre foi pública e notória sua capacidade e compromisso. Foi uma perda irreparável, mas Deus é quem detém esses mistérios, não cabe a nós tentar compreender.

Meus sentimentos a toda a família. Que vocês consigam, com a força divina, superar tamanho vazio. Mas que, principalmente, consigam referir-se à memória de Arimatéia com ar de alegria, com orgulho de ter convivido com ele. Com orgulho de saber que foi um ser humano a contribuir decididamente para o futuro de muitas crianças que, como eu, tiveram inúmeras dificuldades e encontraram na educação o caminho para a se tornar pessoas de bem.

Adeus, Arimatéia. Deus o guie sempre.

Seu aluno,

Cassildo.


17 de ago. de 2011

REDAÇÃO É EXERCÍCIO

No momento em que inicio o presente texto, originalmente em meu inseparável caderno, 45 alunos do Cursinho Pré-vestibular - Central de Cursos (Vespertino) estão produzindo um texto. É a terceira vez, este ano, que realizo esse tipo de trabalho.

Quantitativamente, é um número menor que o das outras edições (64 e 48, respectivamente), no entanto - a considerar outras experiências -, trata-se de uma jornada bem-sucedida conscientizá-los da importância em se aperfeiçoar tal habilidade, haja vista muitos que deles não foram incentivados à prática, durante a vida escolar.

Vendo-os comprometidos com a tarefa, reflexões positivas me são direcionadas: será que se esses estudantes fossem instigados a - pelo menos duas vezes ao mês - escreverem sobre variados temas, o quadro não se apresentaria diferente? De certo que sim, pois eles próprios - apesar de demonstrarem ojeriza por esse tipo de atividade, reconhecem suas fragilidades.

No meu entender, a escola tem a obrigação de servir prioritariamente para ensinar a compreender e a construir sentido. Se ficarmos o tempo todo alimentando que a era tecnológica trouxe mudanças radicais, o que não negamos, esqueceremo-nos de que as duas vertentes - leitura e escrita - são fundamentais em qualquer momento histórico. O mundo virtual não precisa opor-se a tais aspectos, ao contrário pode servir de ambiente para que eles se desenvolvam.

Os profissionais da área de línguas devem comprometer-se em encorajar seus alunos a atingir um nível que pelo menos permita a esses jovens debater problemas de relevância social, nos diversos contextos, não só para enfrentarem o vestibular, mas para - além disso - abrir os horizontes de seus posicionamentos, alcançando uma consciência crítica e cidadã. A escola precisa dar suporte a esses desafios, sob pena de não justificar sua existência, em caso oposto.

É muito animador mesmo. Ver dezenas deles expressando com palavras as suas opiniões, longe de ser apenas um exercício para o vestibular, representa esse aperfeiçoamento, tanto das idéias quanto da prática cidadã. A redação pode ser um desses canais, mas presume exercício, conhecimento de mundo e determinação. Que as instituições de ensino, sem exceção, nunca se esqueçam de que devem constituir os primeiros mecanismos para concretizar essa interação.

14 de ago. de 2011

PAI. NÃO DEIXE PARA DIZER DEPOIS...

Quantos filhos dariam a vida para conhecê-lo;

Quantos filhos não lhe dispensam o devido valor;

Quantas vezes sua falta é percebível, depois que de casa saímos;

Quantas vezes nos procura e não lhe damos atenção;

Quantos pais que perdem sono, para que o filho cresça bem;

Quantos filhos crescem para depois tirar o sono do pai;

Quanta emoção vê-lo feliz por cuidar dos seus meninos;

Quanta tristeza haver filhos que não cuidam de seus pais;

Quanta alegria poder dizer, agora, "meu pai";

Quanta comoção poder ouvir "seu pai";

Quanta justiça é feita pelo "dia dos pais".

Parabéns aos pais,

Parabéns a nós, que temos pais. Poder reconhecê-lo em vida é um privilégio sem tamanho.

11 de ago. de 2011

QUANDO A INTERNET PRECISA DAR UMA PAUSA

Ontem, por força do horário antecipado de uma aula na Central de Cursos, eu - ao chegar do Tristão de Barros - não fiz como normalmente. Não fui para a internet. E quão boa foi minha decisão. Peguei o pen-drive e fui ouvir uma coletânea de Lulu Santos, "De leve", cujo CD eu e Erleilson cansamos de escutar, em 2005, em Santa Cruz, quando iniciamos nossa vida de professores de cursinho.

Até aí, nada de mais! A questão é que esse ano coincide com a abertura de portas tanto para mim quanto para ele; inevitavelmente, eu comecei a relembrar aquelas noites de sexta-feira na residência de José Erivan dos Santos, proprietário do CCI - Centro de Cursos e Idiomas, nossa primeira oportunidade profissional no ramo, o que nos possibilitou alcançar o reconhecimento de hoje. A cada música tocada, eu me arrepiava por remeter um momento mais que especial em nossas vidas. Ali, nossa amizade também estava se amarrando por definitivo.

Lembrar de Erivan é redundância. Nunca esquecerei da oportunidade que ele nos deu, mesmo que não nos conhecêssemos pessoalmente. Ficávamos em sua casa, com o maior conforto possível. A partir daí, as referências aumentaram, passamos a ser convidados para outros locais. Mas essa história não cabe aqui agora. O que chamou a atenção foi que a ausência da internet e a apreciação a uma obra musical me fez reforçar a ideia de que a geração atual tem muito a aprender ou a perder, dependendo-se da atitude que tomarem frente às tecnologias virtuais que nos tiram muito tempo diariamente.

Não há como negar a importância da internet, inclusive no meu trabalho: este blog é mais do que uma comprovação da minha simpatia por esses mecanismos. Acontece que certas coisas nunca perderão a sua essência: um texto poético, uma música agradável, uma conversa bacana com amigos são exemplos de que precisamos - às vezes - retomar a simplicidade. Há um tempo em que - invariavelmente - a internet precisa dar uma pausa.


7 de ago. de 2011

SIMULADO CENTRAL DE CURSOS_PROPOSTA DE REDAÇÃO

A ASCENSÃO FEMININA É FATO CONSUMADO E NECESSÁRIO

Primeiro, Michelle Bachelet foi eleita Presidenta do Chile; em seguida, foi a vez da ex-Primeira-Dama Cristina Kirchner tornar-se a chefe do governo argentino; por último, já em 2011, o Brasil empossou, de maneira inédita, a sua comandante de Estado. Abordando apenas a América do Sul, nos últimos 5 anos, esses exemplos nos levam a refletir sobre como as mulheres têm conquistado o seu espaço em funções de chefia tradicionalmente ocupadas pelos homens, nos mais variados segmentos: são executivas, gerentes de banco, juízas, promotoras, delegadas, prefeitas, governadoras, Presidentas, para citarmos aquelas mais notórias.

Seria difícil imaginar, duas décadas atrás, que isso pudesse acontecer. Mas tais fatos não estão isolados. É cada vez mais comum as mulheres exercerem cargos que pareciam ser exclusivos da classe masculina, e cada vez mais, para o nosso bem, habituamo-nos à organização, ao comprometimento e à obstinação delas, o que só nos enche de esperança para melhorar o mundo, já que demonstram habilidades peculiares nas atividades que desempenham e, de maneira geral, são menos corruptíveis que os homens.

Em nosso Estado, por exemplo, essa ascensão pode ser observada já há algum tempo. Estamos no terceiro mandato feminino consecutivo; a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN elegeu para a atual gestão reitora e vice-reitora; a Capital, Natal, tem em sua administração também uma pessoa do sexo feminino. São exemplos de que os tempos, inevitavelmente, mudaram e não há mais volta. É fato consumado a ascensão das mulheres.

Nâo se trata de substituir os homens pelas mulheres; o que está havendo é apenas uma justa equiparação entre os gêneros, por mais que isso ocorra ainda de forma lenta, já se avançou muito em relação a outras épocas. Tanto homens como mulheres têm suas capacidades e limitações, e por isso é ultrapassada - a meu ver - a idéia comparar quem é o melhor. O mundo precisa de unir as forças de ambos, para que possamos vislumbrar um futuro que não nos traumatize tanto como nosso presente.


6 de ago. de 2011

VOZ PASSIVA

As vozes do verbo podem ser: ativa, passiva e reflexiva:

Voz

Exemplo

Sujeito

Ativa

Romário marcou três gols.

Agente

Passiva

Três gols foram marcados por Romário

Paciente

Reflexiva

Romário contundiu-se na partida.

Agente/Paciente

Na voz passiva VERBAL (ANALÍTICA), o sujeito é paciente da oração e a ação é realizada pelo agente da passiva. Na transformação ocorrem mudanças de função.

Sujeito VTD Obj. Direto

ROMÁRIO MARCOU TRÊS GOLS

Sujeito LOC. VERBAL Ag. da Passiva

TRÊS GOLS FORAM MARCADOS POR ROMÁRIO

A voz passiva PRONOMINAL (SINTÉTICA) ocorre quando se juntam um VERBO TRANSITIVO DIRETO e a PARTÍCULA SE, que, neste caso, terá a função de partícula apassivadora. O verbo sempre concordará com o termo seguinte:

Consertam-se automóveis. (Automóveis são consertados)

Vendem-se aves. (Aves são vendidas.

Nos dois, casos, os verbos são transitivos diretos.

PRÁTICA DA VOZ PASSIVA

01. (UNIFAAP) Dê nova redação à frase que segue, passando-as para a voz ativa, sem mudança de tempo e modo verbais: “Foi nomeada tutora”.

RESPOSTA: NOMEARAM-NA TUTORA. Como uma mulher (que não se conhece) foi nomeada tutora, isso significa que na voz ativa, o sujeito é desconhecido, ou seja indeterminado. Uma das formas de indeterminar o sujeito é colocar o verbo na terceira pessoa do plural (nomearam). Ao juntarmos esse verbo com o pronome oblíquo "a", obtemos nomearam-na.

02. (FUVEST-SP) Assinale a frase que não está na voz passiva.

a) O atleta foi estrondosamente aclamado.

b) Que exercício tão fácil de resolver!

c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.

d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.

e) entreolharam-se agressivamente os dois lutadores.

RESPOSTA: "E". Trata-se, nesta alternativa, de voz reflexiva. O sujeito é agente e paciente (realiza e recebe a ação): os "dois lutadores" entreolharam-se e foram entreolhados ao mesmo tempo. Nos demais casos, há claramente voz passiva. Na alternativa "B", "fácil de resolver" é substituível por "fácil de ser resolvido", caracterizando, também, a voz passiva.